Uma mulher britânica enfrenta uma pena entre 25 anos de prisão ou a morte, depois de ter sido apanhada pelas autoridades egípcias a entrar no país com 290 comprimidos de um medicamento opiáceo para as dores de costas do marido, um cidadão egípcio.
Laura Plummer, de 33 anos, foi detetada no aeroporto de Hurghada a 9 de outubro, durante uma das visitas regulares que fazia ao Egito para visitar o marido, que sofre de dores de costas devido a um acidente de carro. Ainda no aeroporto, depois de ver a mala revistada, a mulher terá assinado um documento com 38 páginas em árabe, julgando que seria libertada, mas acabou por ser detida, revela o jornal "The Guardian".
Em desespero, a família da mulher que se encontra há quase um mês detida tem recorrido aos meios de comunicação social para divulgar o caso e tentar exercer pressão sobre as autoridades egípcias. Segundo o irmão, um colega de Laura deu-lhe o medicamento quando ela referiu as dores de costas do marido, mas ela não sabia de que se tratava.
Apesar de o Tramadol ser um medicamento utilizado no Reino Unido e em Portugal mediante receita médica, é proibido no Egito por ser considerado um substituto para a heroína. A família acredita que a mulher está detida sob acusação de tráfico de droga, apesar de "não fazer ideia de que estava a fazer algo de errado".
Laura conseguiu enviar uma mensagem ao pai a pedir ajuda, mas o telemóvel foi desligado. A mãe e irmãs já a visitaram no Egito e dizem que, devido ao stresse, a mulher britânica começou a perder cabelo. "Está irreconhecível", diz o irmão, depois de ouvir as descrições feitas pela família que a visitou.
O Governo britânico está a acompanhar a situação.